2011-08-07
Oriente Médio, Europa, EUA, Cuba e Brasil
As notícias dessa semana apresentam uma continuidade do que já se mostrava ao longo do primeiro semestre de 2011. E podemos observar uma semelhança entre as principais notícias: A crise econômica que se agrava.
No Oriente Médio enquanto a situação na Síria se agrava na Líbia as coisas ainda não esfriaram. São dois exemplos das revoltas que se iniciaram no mundo árabe em dezembro de 2010 e que já derrubaram dois líderes (ditadores?) que durante a Guerra Fria foram colocados no poder pelo ocidente e que hoje são considerados tiranos. O ponto que deve ser observado é que apesar da retirada dos tiranos não há alteração na estrutura de poder, uma vez que juntas militares estão no poder enquanto não se realizam eleições.
A Europa também está em chamas. Com o agravamento da crise nos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) a União Européia tenta medidas desesperadas para salvar a economia do continente, a tática agora é "Comprar" a dívida dos países em crise. França e Alemanha declararam que vão ajudar. Vale ressaltar que os países em crise devem adotar medidas de contenção de gastos (déficit público) para poder entrar na lista de auxílio. O que não explicaram é o que fazer com o grande número de desempregados que aumentam nos países em crise.
Nos Estados Unidos a crise está feia... em ano de véspera de eleições Democratas e Republicanos entram em "acordo" para evitar a bancarrota do país. Com uma redução de quase 2,5 trilhões de dólares em gastos (déficit público) e um aumento do teto da dívida podemos esperar uma crise social, uma vez que o Estado já neoliberal tornou ainda mais complicada a vida dos cidadãos que dependem do Estado (e o número aumenta ano a ano). O aumento do teto não resolve o problema, apenas adia, o que já causou uma "diminuição da fé" dos investidores nos títulos estadunidenses.
Em Cuba as coisas estão mudando. Se isso vai melhorar ou piorar a vida dos cidadãos é uma incógnita, mas talvez isso seja a única alternativa de um país que ainda resiste a interferência dos EUA, mesmo depois do fim da URSS.
Enquanto tudo isso acontece lá fora... no Brasil as coisas andam bem (?), ou pelo menos nada muda... Uma grande crise política que afeta quase todo o alto escalão, com muita troca de personagens (defesa,agricultura,transportes, entre outros) não é suficiente para abalar a aprovação de nossa presidente. E a crise econômica parece que não nos afeta. Pra que se preocupar, afinal de contas a copa está chegando...
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